22 de set. de 2010

CONEXÃO URUGUAIANA-ARARAS

...E o improvável aconteceu: Já que eu demorei demais para ir a Uruguaiana, Uruguaiana veio até a mim... Parte da família se deslocou daí até o Rio de Janeiro para “fazer uma praia”, fugindo do frio do inverno da Fronteira Oeste e aproveitou para uma visita a este desgarrado do pago. Chegaram por aqui com aquela cor branco-acinzentado que é a cor da moda na temporada do minuano e, em menos de três dias de praia intensiva com um solzinho camarada, já ostentavam aquele avermelhado característico de turista eventual, felizes como pintos no lixo. Pareceu-me até que do desembarque no aeroporto foram diretos para a praia do Leme onde se hospedaram no apartamento da minha filha Valéria (ela está em Cuiabá fazendo um dinheirinho numa campanha política, coisa na qual é especialista) e só soube da chegada deles por intermédio de meu filho Mickey, outro praieiro incorrigível, que se deparou com o bando tomando chope na Fiorentina no fim da tarde daquele mesmo dia e me telefonou contando a novidade. O chato foi que me pegaram em plena mudança do apartamento onde morei por trinta e dois anos para um distante – menos de cinqüenta metros.
Essa enorme distancia me criou um problema: A mudança teve de ser feita no estilo formiguinha, com idas e vindas intermináveis, já que não seria viável o uso de uma empresa transportadora. Resultado: A operação já se prolonga por dez dias e ainda não consegui me instalar no novo endereço e muito menos dar a atenção que gostaria aos meus visitantes.
Mesmo assim ainda conseguimos oferecer-lhes um almoço no alto da Maria Comprida, sítio da Denise, em Araras – Petrópolis – nosso retiro no serra. O clima até que ajudou aos visitantes, em vez dos costumeiros doze graus centigrados de temperatura, manteve-se acima dos dezesseis.
Lá no alto Denise ofereceu um lasanha primorosa num trabalho gastronômico que se iniciou com muita cerveja e belisquetes e culminou com um vinho Rioja 2002 saído da adega da casa onde estava já há algum tempo. A dona da casa só não entendeu porque a gauchada não parou de matear nem um instante.
Emocionado fiquei eu em rever minha irmã Gilda que não via há mais de dez anos, minhas sobrinhas Luciana e Judith e seu marido Nilson. A alegria foi tanta que até tirei da gaveta a camisa do Sá Viana lembrando velhos tempos da Princesinha do Uruguai. Assim passamos o dia contanto e relembrando historias das gentes dessa nossa terra.
Afora as noticias tristes de falecimento de amigos que nunca haviam antes morrido, foi uma enorme alegria o reencontro da família. Agora resta saber quando voltarei a Uruguaiana...

          

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