20 de jul. de 2010

CALA A BOCA, GALVÃO!

Se escrever esta coluna durante a Copa já foi difícil muito pior agora depois do retumbante fracasso da turma do “A Caminho do Hexa”, do fiasco da esquadra do Maradona, da derrota do Paraguai para a Espanha e da epopéia da Celeste Olímpica contra os laranjas holandeses.
Há muito não se via e ouvia nada mais constrangedor do que as transmissões da Globo comandadas pelo boquirroto Galvão Bueno. É incrível como um ser tão gosmento quanto ele se mantenha há anos e anos a frente das equipes de esportes daquela emissora mesmo sendo do conhecimento de todos o desprezo do publico por ele. Não é à toa que no meio seja conhecido pela alcunha de Bobão Bueno, ainda que os mais antigos prefiram Januario Cunha. Isso porque lembram que, no inicio de sua carreira, copiou o estilo de narração e até os bordões de dois conhecidos locutores esportivos: Januário de Oliveira, da Rádio Tupi, e de José Cunha, da TVE, ambos do Rio de Janeiro.
Hoje o cara se acha o máximo e trata os esportes no Brasil como se fossem propriedade sua. Fala como se entrasse em campo, nas quadras, nas pistas, nas piscinas como único e perpétuo defensor das cores do nosso pais. Isso mesmo: Se acha. E, pasmem, o sujeito mesmo com aquele físico de halterocopista se acredita irresistível, lindo, um Narciso redivivo. Contam até que ao ver seu reflexo no espelho repete aquela frase da bruxa da Branca de Neve: - Espelho, espelho meu, existe alguém mais lindo do eu? O que ele não entende é porque até agora o espelho tem se mantido mudo.
Se a derrota para Holanda nos deixou frustrados em nossa esperança de levarmos o caneco pela sexta vez por outro lado nos livrou das cenas de histeria que o nosso Petronius dos esportes nos propiciaria narrando vitoria do BRASILLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL. Ufa! Deus escreve certo por linhas tortas.
O mal de tudo isso é que à sua fanfarronice o individuo alia um pé-frio inegável. Lembrem de quantos fracassos esportivos nacionais foram narrados com exclusividade por ele. Alguns até trágicos como a morte acidental de Airton Senna. Na formula 1 congelou a carreira do – como ele chama – Rubinho Barrichello e caminha a passos largos para acabar com Massa; no tênis, sim ele também narra tênis, deu um nó na espinha do Gustavo Kuerten que o tirou das quadras; foi narrar a ginástica nas Olimpíadas e Diego Hypólito foi para o estaleiro; elogiou o boxeador Popó e deu no que deu; ainda na Copa apagou o Elano e como esses muitos outros casos confirmam sua fama de seca-pimenteira. Isso tudo sem contar o sumiço do jogo do Kaká, do Luiz Fabiano e o de outros menos lembrados. Um horror!
Por tudo isso o maior sucesso no Twitter durante a Copa foi o twitt – repitam comigo:
-“CALA A BOCA, GALVÃO!”

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