29 de jan. de 2011

ABU não DHA BI


Bem falam os nossos lideres da esquerda que o trabalhador é um escravo dos patrões. Constatei isso ainda há pouco quando, numa ação de nepotismo ao inverso, tive meu texto dessa coluna rejeitado por um de nossos redatores, neste caso minha própria filha, sob alegação de que aí em Uruguaiana poucos tomam conhecimento do que se passa na rede do Facebook. E eu havia tido uma trabalheira enorme para coletar e selecionar o que rolou naquele site de relacionamento antes, durante e depois do logo do Internacional em Abu Dhabi. Foram declarações de amor, ódio, alegria, tristeza, esperança, petulância, inveja, empáfia, rancor, desespero, incredulidade, resignação, gozação... Enfim todas as emoções que uma simples partida de futebol é capaz de despertar nos corações e mentes dos torcedores, e mais fortemente ainda
nos da dupla Gre-Nal, gerando uma animosidade absurda, uma rivalidade irracional que faz com que até as cores vermelhas do Natal sejam renegadas e trocadas pelo azul entre os gremistas. Tudo em nome de uma paixão sem limites nem razão que faz com que uma facção veja na opositora um inimigo a ser literalmente abatido. Esse clima de ódio desarrazoado é que se espalhava nas paginas do FB quando do jogo do Inter com o Mazembe, da Republica Democrática do Congo. Não fora o salto alto do Colorado, acho que não teria sido nenhum problema derrotar a turma africana, mas (sempre existe um mas em toda a tragédia) o time gaúcho não foi psicologicamente preparado para aquele jogo. Ele estava pronto, sim, para arrasar a Inter de Milão, não contando com a má vontade dos negrões para atrapalhar sua caminhada em direção ao Bi. Coisa parecida já havia acontecido há muito tempo com os exércitos de Mussolini quando, nos primórdios da Segunda Guerra Mundial, invadiram a Etiópia com seus tanques de guerra. Os africanos, inferiorizados em armamento, atacaram a pedradas os blindados italianos. Contam que estes, indignados com a reação dos “selvagens” protestavam aos gritos: “Negros desgraciatos, non esculhamba com a güerra moderna!” O time do Internacional não chegou a tanto mas a derrota foi como um banho de água fria no orgulho da nação colorada.
            A derrota da nossa equipe representante do futebol latino, brasileiro e, sobre tudo, gaúcho me deixou preocupado... O que teria havido com o nosso esquadrão?
Foi quando me veio à lembrança o carma secular carregado pelos nossos desportistas de ao serem abençoados pelas mãos do nosso Presidente ver cair por terra seus sonhos de conquistas. Acham que estou exagerando? Pois então vamos aos fatos:
- No ano que Lula vestiu a camisa do Curintia este foi rebaixado para a segunda divisão.
- Ás vésperas da final do Fluminense com a LDU pela Libertadores Chico Buarque ofertou uma camisa do time ao “Cara”. O Flu perdeu.
- Gustavo Kuerten foi recebido pelo homem em Brasília e nunca mais jogou nada.
- Ás vésperas da Copa a seleção foi se despedir dele e... tchau.
- Em 2009 Massa foi elogiado pelo homem e por pouco não passa pro andar de cima.
- Agora mesmo, neste ano, a CBF, numa puxação de saco explicita, resolveu homenagear o Corinthians pelo seu centenário. Armou uma festança no Teatro Municipal e convidou “Ele” – o Torcedor Mais Distinto – para entrega do premio. Resultado: O Timão que vinha primeirão no campeonato terminou em terceiro lugar.
            Ainda pensava em mais outros casos de pé-friagem explicita para enumerar quando me dei conta de que o Mão Podre não tinha nem chegado perto dos atletas do nosso Internacional. O que teria havido então?
            A resposta veio quando li no jornal de hoje: “INTER NÃO DÁ PRESENTE A DILMA – Clube sai do Mundial e frustra torcedora aniversariante”.
            Está explicado: O pé-frio não é individual, é inerente presidência e hereditário.
            Em assim sendo, cuidem-se nossos atletas. No futuro fiquem longe do poder.
           

Um comentário:

  1. JM Busnello12:50 PM

    boa tarde,, voce quer dizer heredipartidaria, he, he, he, mas pra colorado ta bom né, prbns

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