17 de nov. de 2010

ALGUÉM ME MANDE UM CHASQUE!


Mais uma vez roí a corda e faltei ao aniversário de minha irmã, Gilda. Ninguém acredita mais quando anuncio minha intenção de viajar até a Princesinha do Uruguai, mesmo quando declaro que tenho muita saudade dos pagos e isso me deixa muito triste, sentir que meus antigos amigos não confiam mais em mim e nos meus sentimentos. Sinto-me como sendo um membro expulso de uma confraria sem que nela deixa-se saudade alguma e ainda por cima, tendo de carregar um enorme sentimento de culpa.
Mas a culpa, seja ela qual for, não é somente minha.
Há mais de um ano, logo na primeira vez em que esta coluna foi publicada, única e exclusivamente pela boa vontade do nosso redator e insistência da minha filha Valeria, que também bate ponto nas páginas da Tribuna, justificando as razões pela qual aceitara o encargo pedi aos meus leitores que me dessem noticias daquela gente do meu tempo.
Por tudo isso resolvi renovar aqui, setenta e sete semanas depois, meu apelo àqueles que talvez ainda “guardem, as melhores lembranças de uma Uruguaiana de mais de cinqüenta anos atrás”.
Agora, aqui de longe, fico catando nas paginas da Tribuna notícias de por onde andam aqueles velhos amigos, se é que chegaram até aqui: o Zeca Vello, o Narley, o Glênio, o Cezimbra, o Manivela, o Afonso, o Nedo, o Tuco-Tuco, a Aida, a Zoinho, a Magra, a Bigodinho, a Noris, a Vovó, a Niura, a Maria Pia, o Tramount, o Faraco, o Pito, o Berega, o Flodoardinho, o Tijolinho, a Vera, a Laura, o Juca Almeida, o Vitinho, o Sérgio Artur, o Aimone, o Coruja, a Lazi, o Polaco, a Zilah, a  turma dos Da Nova, o Bittencourt, o Dedão, o Tessler, o Zé Doval, a Madalena, o Ângelo, a Ieda, a Vera Ione, o Tivico, a Terina, a Alicinha, a Leilah, o Chirú Gaiteiro, a escola de música da dona Cely Lisboa, a Marly, os Tarragô, os Picabeia, os Bastos, os Valls, as Bilicas, as Peró, as Gonçalves, as Marsiaj, a turma do Papaléo, o Calvi, as Botafogo, os Capistrano, os Cademartori, os  Surreaux, o Cuspida, o piano do Cid Gues, a musica clássica do Marini, o Osvaldo sorveteiro, a engraxataria Borboleta, o Cine-Variedades, as padarias onde comprava pão cabrito e vovó sentada, as “guerras” entre os Fafas, Tenquios e Ianques, o footing na Bento, a Maria Fumaça, a Trein & Irmãos, a Casa Jacques, a ZYZ-6, o João Nelson, o Cirilinho, os Sanchotene, a turma da Duque, da Quinze, da Bento, da Domingos, da Sete, a gurizada do União, a turma do outro lado dos trilhos, a Minha-Veia, a Yeda, as torcidas do Ferro, do Uruguaiana e do Sá Viana, as Califórnias, o pessoal das Pernambucanas... e muito mais que já vai me fugindo da memória.
Enfim, como foram poucas as respostas que obtive me vejo forçado a repetir a pergunta: Onde está a Uruguaiana daqueles dias?
Pensando bem deve ser por isso que protelo sempre a hora de voltar a pisar essa terra fronteiriça: O receio de me sentir um intruso, de não reconhece nem ser reconhecido por aqueles de quem guardo na memória  imagens de uma juventude dourada.
Traduzindo em miúdos, no popular: “Ficar velho é uma merda!”
Como sou teimoso volto a insistir: Me mandem um chasque contando as novidades, estou aqui no Rio mais esquecido do que cambona furada!
Estou no email jaymedelcueto@delcast.com.br e também no Facebook, no Skype, no MSN... enfim, na web.
Se alguém tiver curiosidade de ler todas as colunas publicadas por mim me encontra no blog http://delcueto.blogspot.com/
Em tempo: Encontrei em Petrópolis a Suzana Borges da Costa.

Um comentário:

  1. EMAIL RECEBIDO POR MIM:

    Sr Jayme é com muito apreço que ao ler sua
    coluna no jornal Tribuna de Uruguaiana, sendo conhecedor de várias pessoas ali citadas me senti muito honrado em ser filho do corretor de imóveis mais antigo do Rio Grande do Sul, ao qual sigo na profissão e muito me honra a lembrança, pois poucos souberam reconhecer o que meu pai fez por Uruguaiana em épocas tão remotas de nossa cidade. Por exemplo: Edifício Maria Antonieta, Ed Pero, Ed Pequeno Príncipe, Ed dona Isabel, Ed Classic... Foram tantos que não consigo lembrar, e também os bancos Itaú, Real, Unibanco, etc.
    Realmente papai tinha muita visão para sua época, graças a sua vivência no Rio de Janeiro em sua mocidade. Na convivência como a sua, de dona Lélia, Bebeto Luzardo, Atila Ferreira dos Santos que era delegado de policia ai no Rio. Por sinal mantenho contato com sua filha Maristela que nos visitou no verão passado com o esposo e filhos. Aquele radialista da Radio Tupi que era muito nosso amigo o Colli Filho, das inúmeras vezes que tive a oportunidade de lhe acompanhar ao Rio onde ficávamos, aí no Flamengo, num hotel na Rua das Palmeiras, onde o chamavam de capitão.
    Infelizmente vários ali citados já nos deixaram, como meu pai Carlos Felipe Tramunt, o Coruja, ha pouco o Cid Guez e vários outros, mas para sua sorte uns 80 por cento ainda aqui estão. Quando de sua visita for sacramentada tenho a certeza que reencontrarás muitas pessoas ali citadas.
    Em tempo: Com a prefeitura em sua pessoa do professor Jose Francisco Sanchotene Felici, a cidade esta um espetáculo, nas praças, na limpeza e conservação do nosso patrimônio.
    Realmente tenho certeza que agora é a hora certa para voltar aqui. Com muito prazer a família Tramunt ainda está localizada no mesmo endereço da fabrica de moveis e colchões de meu avo Fernando Tramunt na rua 13 de maio 2155, Esq. da Presidente Vargas.
    E, reiterando, se o Sr vier a Uruguaiana teremos o maior prazer em recebê-lo.
    Quem bebe da água do rio Uruguai sempre volta à Princesinha do Rio Uruguai.
    Um abraço fraterno de
    Carlos Felipe Tramunt filho e família.
    Uruguaiana 10/11/2010

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