19 de ago. de 2009

OLHA ÊLE AI, GENTE!




O que mais se ouve por aqui é noticias aterradoras sobre a gripe suína, parece até que o Rio Grande se tornou quase um deserto povoado somente por enfermos infectados pelos castelhanos do outro lado do rio Uruguai. Los hermanos transmitiram essa bicheira pras bandas de cá e agora a coisa está se espalhando pelo Brasil afora. Como se já na bastasse invadirem anualmente as praias de Santa Catarina e se instalarem, definitivamente, em Búzios onde os últimos hippies “facem catchimbo di durepox con cabeça di duendi prá fumá macónha”.
Aqui onde moro, em Copacabana, é fácil identificar a turma. Eles chegam aos magotes e correm logo para beira mar ansiosos para aproveitar o calor de 22 graus desse veranico hibernal com que o a natureza nos brinda agora. À cariocada soam estranhos aqueles “muchachos” desfilando suas cabeleiras modelo 1968 e suas “muchachas” muito maquiadas vestido roupas de gosto prá lá de duvidoso. Ah! E seus pezinhos quarenta e dois. Isso, para mim, o tamanho dos pés das meninas, sempre foi um mistério.
Como o que acontece com tudo nesta cidade o carioca já descobriu o lado gaiato da tal gripe. E a primeira coisa que fez foi desmoralizar o uso das tais mascaras protetoras. Nenhum deles aderiu à moda. Na verdade, em alguns lugares onde há uma presença maior de turistas, eventualmente aparece alguém politicamente correto, ou querendo se exibir, envergando o tal adereço. O que, o mais das vezes serve apenas como motivo de galhofa.
Ainda o outro dia ia eu passando pela entrada do Metrô, aqui em Copa, quando me deparei com uma “perua” mascarada tendo a seu lado, preso na coleira, um cão cocker spaniel. (Para os que não sabem, esclareço: Essa raça tem um cheirinho...). Não resisti e perguntei: - O cãozinho está fedendo muito? ... E, claro, não esperei sua reação.

Fiz uma pausa nessa crônica e, aceitando o convite do sobrinho da minha mulher, o C.A. Ferrari, fui até o Espaço Vivo, ao lado do MAM, no aterro do Flamengo assistir o show da banda onde ele, que é músico, toca: Pedro Luiz e a Parede, tratada de PLAP pelos seus fãs mais fieis. Para quem não sabe, esses rapazes formam uma banda (Implico com essa denominação. Sou do tempo do conjunto) conhecida internacionalmente. Isso mesmo: Internacionalmente, tanto que seu primeiro CB foi lançado simultaneamente aqui e no Japão. Desde então eles tem se apresentado por toda Europa e em países tão distantes quanto a Neo-Zelândia e a Austrália. Durante o carnaval essa turma costumava reunir seus amigos para se divertirem num bloco de rua, o Monobloco. Nos primeiros anos desfilaram pelo bairro de Ipanema, mas depois, diante do enorme sucesso, carregando multidões de foliões pelas ruas, foram forçados a se assumirem como uma nova tendência do carnaval carioca. O Monobloco é hoje, por assim dizer, a face mais popular da PLAP e terminou levando seu carnaval aos lugares mais distantes. Um dia vou ver se consigo trazê-los até Uruguaiana.
E enquanto isso, lá vai nossa musica mundo afora. Falando em música, como anda nossa Califórnia da Canção? Morreu?

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