25 de dez. de 2009


MERRY CHRISTMAS!
O sinal mais claro de que o ano esta findando é o encerramento das atividades esportivas na TV, principalmente o futebol, e o inicio da época dos compre, compre, compre sempre acompanhados de ofertas imperdíveis. Vende-se tudo em “n” vezes sem juros, até a própria mãe, se necessário for. Falam as mas línguas que existem povos que a vendem, e entregam ao comprador, já outros vendem e não entregam para poder vendê-la novamente. Um absurdo...
E as “Felizes Festas” terão seu coroamento na passagem de ano, o Revellion, ou como falava uma nossa antiga assessora do lar, intitulada de criada no tempo em que eu vivia por ai: O Revelhão.                                               
Numa dessas passagens de ano, e não foi quando da guerra do Paraguai, na década de cinquenta, travou-se a maior batalha em plagas uruguaianenses. Esse acontecimento provocou uma conturbação geral na sociedade local – houve gente que nunca mais voltou tamanha a mácula causada em certas biografias. Aquele réveillon tornou-se inesquecível por quem dele participou.
Vou dar oportunidade aos meus conterrâneos mais antigos de que abram suas caixas de lembranças e nos rememorem os acontecimentos. Aqui vai uma pista: A festa foi no Comercial.
Este lançado o apelo. Mandem seus relatos para meu email ou... Ou então tentarei contar a minha versão, que talvez nem seja verídica. Peço somente que não se acanhem, afinal a historia é feita assim, de nossas memórias... dos outros. Coragem!

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CAIXINHA
Não sei quem foi quem foi a idéia de dar “lembrancinhas” aos parentes, amigos, conhecidos, empregados, agregados, carteiros, lixeiros, jornaleiros, e outros mais como parte da comemoração do Natal.
Isso começou quando as festas natalinas deixaram de ter um cunho religioso, católico, recebendo influência direta da cultura anglo-saxônica imposta inicialmente pelo cinema americano e posteriormente pela televisão. Foi quando o Presépio passou a dar lugar àquele cidadão de barbas brancas vindo do Pólo Norte (?) num trenó puxado por renas, Santa Clauss, vulgo Papai Noel.

Quando criança – isso faz muito tempo – costumava-se ir com os pais à Missa do Galo, na véspera de Natal e não havia essa comilança que chamam de Ceia, ainda mais que nós, crianças, tínhamos pressa em ir dormir já que os presentes só estariam ao pé da cama na manhã seguinte. A distribuição de presentes ao pé da arvore de natal só muito mais tarde entrou nas cerimônias natalinas. A bem da verdade não lembro de nenhuma arvore em minha casa quando criança, lembro sim do Presépio na catedral.  Tenho comigo que o que ajudou a acabar com esse costume de ir à missa à meia-noite foi a violência e a insegurança nas grandes cidades. Não sei aí em Uruguaiana mas aqui no Rio de Janeiro a Missa do Galo agora é bem mais cedo e a freqüência caiu muito. 

Com a comercialização do Natal criou-se o péssimo habito de, nesta época do ano, todos os prestadores de serviços nos empurrarem goela abaixo os malfadados “envelopinhos” para que os devolvamos com nossas contribuições para as suas “caixinhas natalinas” ou, como é moda nos bares e restaurantes, a indefectível “caixinha-obrigado” ao lado da caixa registradora. Parece até que todos eles trabalharam graciosamente durante todo ano e somente nessa época que recebem uma retribuição por seus serviços.
E nos reles mortais de classe média é que temos de demonstrar nossa solidariedade com as classes trabalhadoras ou melhor, com o comércio, que é onde eles irão gastar nosso suado dinheirinho.

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