Puxa vida, ando dando mais bolas fora do que nosso apedeuta mor lá de Brasília!
Fui fazer um agrado ao Daniel Fanti dizendo ter sido ele o primeiro que detectei como leitor desta coluna e cometi uma imperdoável injustiça com o Alci Soares Tubino, esse sim a primeira vítima de meus rabiscos nas paginas da Tribuna. Queira me desculpar Alci, foi mal fazer isso contigo que já me aturava e prestigiava desde que desenhava minhas as historias em quadrinhos nos cadernos nos tempos do Romaguera.
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Numa de minhas primeiras crônicas nessa pagina declarei que não tenho ido a essa cidade por falta de um meio de transporte adequado a uma viajem de lazer e prazer. Pronto. Fui falar nisso e protestos já me vieram de dentro de minha própria família com se isso fosse uma desconsideração para com Uruguaiana, pensar antes que tudo no meu bem estar. Nada disso. O que acontece é que com a idade vamos ficando cada vez mais exigentes e ranzinzas. E foi de lá, da família, que me veio a proposta, ou desafio: Já que sou tão saudoso do velho trem de passageiros, poderiam me conseguir passagem num cargueiro à vertiginosa velocidade de 60 km/hora.
Não sei se sugestão foi “às vera ou às brinca” mas adianto que, em principio, aceito o desafio, ou melhor: Aceitamos a idéia, minha filha Valéria e eu. Será a oportunidade de fazermos um documentário sobre o velho caminho dos trilhos condutores do progresso dessa fronteira oeste. Afinal, experiência não nos falta: Já realizamos um documentario sobre o Rio Paraguai, resultado de duas semanas de filmagem embrenhados no Pantanal Matogrossense – “Historia Sem Fim do Rio Paraguai”. Diante disso dois ou três dias de trem são nada, ou quase nada. O desafio esta aceito. Agora aguardemos que consigam por aí patrocinadores para a aventura.
Como estarão agora aquelas estações que balizavam a viagem fazendo conexão com outros ramais - Cachoeira, Santa Maria, Cacequi – que conduziam todos os cantos do estado? Terão conseguido sobreviver às imposições da modernidade? Como estará hoje o primeiro cenário que, ainda guri de uns oito anos, imaginei para os filmes de caubói: Os cerros do Tigre? Será que sobreviveram os areais das praias do rio Santa Maria? E os matos do Ibirapuitan? E as estâncias do Plano Alto? E... Puxa é tanta coisa que assunto não irà nos faltar já que filmar é o nosso negócio.
Para engalanar essa página vai junto minha foto com a camisa do imorredouro Sá Viana Futebol Clube. E vou logo adiantando:Depois que for elucidado o mistério do busto de Bila Ortiz iniciaremos uma campanha para ressuscitar o Tricolor dos Álamos.
Cá prá nós, essa crônica esta mais curta do que esperança de pobre.
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